A Amídala ou os guardas tapados da mente:

Como a amídala nos afeta?
Quando somos surpreendidos, é a amídala quem primeiro responde, a área mais primitiva de nosso cérebro (e a mais instintiva, mais "animal" por assim dizer), responsável pelos instintos de lutar ou fugir. É ela quem coordena nossas reações e respostas imediatas ao que nos acontece, especialmente diante de algo inesperado ou fora do comum.
Como trata-se da área de cérebro responsável pelos instintos de sobrevivência, desenvolvida para responder a perigos físicos para evitar a morte do corpo, quando posto diante das ameaças sutis e complexas da vida humana na sociedade contemporânea, a amídala ainda responde primeiro, porém de maneira inadequada ao problema a que se defronta. Ela desencadeia no corpo e em todo o indivíduo uma resposta a um perigo de vida, quando na realidade estamos lidando apenas com uma fechada no trânsito, ou um chefe mal-humorado.
Se nosso cérebro fosse um castelo, a amídala seria os dois sentinelas meio tapados que guardam a porta, um fortão e um franzino, decidindo se devem deixar passar, bater ou se esconder de cada um que chega à entrada. Quando o visitante chega ao castelo com uma proposta comercial, ou com um diplomata estrangeiro fazendo exigências para evitar a guerra, eles não tem capacidade nem competência suficiente para responder sozinhos, mas devem transmitir as informações aos seus superiores (as áreas mais complexas do cérebro, como o córtex) e aguardar por ordens.
Mas quando não estamos conscientes de nossos processos internos, a comunicação interna falha e os "guardas" agem por conta própria. É nestes momentos que acabamos agindo de forma que nos deixa arrependidos ou envergonhados posteriormente. Impulsivamente, não medimos gestos ou palavras e cometemos erros que nos custam caro. Algumas vezes não somos nem mesmo capazes de descrever ou entender como tudo aconteceu, nossa mente é sequestrada, arrebatada por aquele estado de perigo e sentimento de ameaça, somos tomados por aquele impulso e quando nos damos conta já está tudo dito e feito. Outras vezes, o sentimento é tão forte que perdura mesmo depois do ocorrido e acreditamos tanto que somos capazes de descrever uma versão diferente dos fatos para corroborar e justificar nossos atos.
Porém, desenvolvendo sua inteligência emocional, você se torna mais capaz de conter esse impulso inicial da amídala e reagir conscientemente ao que quer que surja. Isso dá poder e liberdade, pois permite maior controle sobre o próprio destino, como aprender a levar as rédeas dessa carruagem que se move sobre a Roda da Vida. Se estamos insatisfeitos e desejamos mudar algo em nossas vidas, precisamos alterar primeiramente nosso comportamento e nossos paradigmas, ou seja, nossa forma de ver e abordar o que nos cerca. Uma forma de obter isso é através da análise a longo prazo desenvolver a inteligência emocional, permitindo que suas
reações às inúmeras situações sejam baseadas em sentimentos e conclusões verdadeiros e calmamente ponderados em lugar de emoções sem controle e reações automáticas.
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